quinta-feira, 25 de agosto de 2011

25 de Agosto, São Luís Rei de França



Nasceu em 1215 e subiu ao trono muito novo, ainda com 12 anos de idade. Recebeu educação esmeradíssima de sua mãe, a Rainha Branca de Castela, que lhe repetia com freqüência que devia preferir a morrer do que cometer um pecado mortal. Gostava de se chamar Luís de Poissy, do nome do lugar onde recebera o batismo, para indicar com isto que tinha em maior apreço o título de cristão do que todos os outros de glória terrena. "Foi o rei mais santo e mais justo, diz Bossuet, que jamais cingiu a coroa". Era assíduo nos ofícios divinos que mandava celebrar solenemente no seu palácio e ouvia todos os dias duas missas. Levantava-se à meia-noite para Matinas e começava as tarefas do dia pelo ofício de prima. Introduziu na sua capela o costume de genuflectir às palavras do Credo Et homo factus est, e, na Paixão, onde se lê que Jesus expirou, o costume de se ajoelhar e ficar em silêncio e que depois fora adotado por toda a Igreja Universal. "Ouvindo dizer que os nobres o censuravam por assistir a tantas Missas e sermões, respondeu que se dispense dobrado tempo no jogo dos dados e da caça pelas florestas, nada haveriam de repreender". A sua piedade não o impediam no entanto de administrar os negócios do Estado na maior parte de seu tempo. Havendo adoecido gravemente, fez voto de empreender uma nova cruzada para conquistar Jerusalém. Vitorioso a princípio, caiu nas mãos dos sarracenos. 
Restituído a liberdade, demorou-se ainda quatro anos no Oriente para socorrer os cristãos. Depois de regressar a França, fundou numerosos mosteiros e mandou construir a Santa Capela, relicário insigne da Santa Coroa de Espinhos de Cristo e de parte da importante relíquia da Santa Cruz que Balduíno II de Constantinopla lhe oferecera. Muito austero consigo e de grande caridade com os outros, costumava a dizer, "que mais vale que um rei se arruíne por dar esmolas por amor de Deus que fastos e vãs glórias". " Muitas vezes, diz Joinville, ia no verão depois da missa para o bosque de Vincennes, sentava-se debaixo de um carvalho e mandava-nos sentar a volta. E todos os que tinham negócio a tratar, vinham falar-lhe ali". Trazia sempre consigo a Cruz para indicar que ainda não cumprira o voto de reconquistar Jerusalém.
Organizou pois uma segunda cruzada, mas a peste dizimou-lhe o exército inteiro e não o poupou. De braços cruzados e debaixo de cinzas, entregou a alma a Deus a 25 de Agosto de 1270, à hora em que o  Senhor expirou na Cruz. Na véspera da morte, ouviram-no repetir: "iremos a Jerusalém". Era com efeito na Jerusalém celeste, que conquistou com sua paciência no meio das adversidades, que ia agora reinar para sempre com o Rei dos reis.

Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Nilópolis realiza caminhada pela eliminação da hanseníase



      
A Fraternidade Nossa Senhora Aparecida de Nilópolis (OFS) realizou no último sábado, pelas ruas de Nilópolis, a I Caminhada Franciscana pela eliminação da hanseníase para conscientizar a população sobre a doença e chamar a atenção do Poder Público para a necessidade de se realizar campanhas de prevenção principalmente na periferia e em locais sem saneamento e atenção básica de saúde. A caminhada contou ainda com a participação do Frei Paulo Roberto Santos Sant’Anna JUFRA, MiniJUFRA e dos irmãos da Fraternidade Santo Antônio de Duque de Caxias (OFS).

      O objetivo do trabalho franciscano pela eliminação da hanseníase é trabalhar em conjunto com o poder público e a sociedade para a eliminação da hanseníase no Brasil, conscientizando a população para a importância do diagnóstico precoce e dando apoio às pessoas que estão em tratamento.
      O projeto “Franciscanos pela eliminação da hanseníase” visa somar forças às ações governamentais e de entidades que já trabalham nessa área em todo país, oferecendo uma campanha nacional educativa sobre a doença e ressaltando, principalmente, a importância do diagnóstico precoce.
      Não dá para cruzar os braços diante de uma estatística que coloca o Brasil como o segundo país no mundo em números de casos. Além disso, trabalhar em prol desta causa, para os franciscanos, é estar em sintonia com o fundador São Francisco de Assis, que tinha um grande amor pelos “leprosos”.
 
        “Foi assim que o Senhor me concedeu a mim, Frei Francisco, iniciar uma vida de penitência: como estivesse em pecado, parecia-me deveras insuportável olhar para leprosos. E o Senhor mesmo me conduziu entre eles e eu tive misericórdia com eles. E enquanto me retirava deles, justamente o que antes me parecia amargo se converteu em doçura da alma e do corpo. E depois disto demorei só bem pouco e abandonei o mundo.”
 

      Os sintomas mais comuns da hanseníase são: manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo; dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas; edema ou inchaço de mãos e pés.
      Ajude a vencer o medo da hanseníase e a melhorar o conhecimento dos sinais da doença. Maiores informações podem ser obtidas pelo site www.franciscanos.org ou pelo e-mail hanseníase@franciscanos.org.br

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Nilópolis celebra Festa de Nossa Senhora dos Anjos



 A tradicional festa de Nossa Senhora dos Anjos, padroeira da Ordem Franciscana, foi celebrada com grande solenidade pela Família Franciscana da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. A alegria e o clima fraterno deram o tom da celebração presidida pelo frei Paulo Roberto Santos Sant’Anna e concelebrada pelo frei Jacir Antônio Zolet com a participação da Fraternidade Franciscana Secular Nossa Senhora Aparecida (OFS) e dos irmãos da Juventude Franciscana “Ternura e Vigor”, da JUFRA e crianças da Mini-JUFRA.

                            A igrejinha de Santa Maria dos Anjos ou da porciúncula - “pequena porção” – é especialíssimo para a vocação de Francisco que a restaurou e confiou a Ordem Franciscana à proteção de Nossa Senhora, Rainha dos Anjos, dos primeiros irmãos que ali viveram e de Clara de Assis que ali consagrou de forma definitiva sua vida ao Evangelho seguindo os passos do Seráfico Francisco. Santa Maria representa de forma singela os ideais de Francisco e remonta aos primórdios do franciscanismo.

                            Nesta igreja, o jovem Francisco, procurando descobrir a vontade do Senhor a seu respeito, escutou o Evangelho, pediu ao sacerdote que lhe explicasse e exultando de alegria exclamou: “Isto mesmo que eu quero! Isto que peço! Isto anseio poder realizar com todo coração!” E a partir daí dedicou-se ao anúncio itinerante da Palavra de Deus entre o povo.

                             A igrejinha e um pequeno pedaço de terra ao seu redor fora doada a Francisco pelos monges beneditinos. Segundo a tradição, a Porciúncula foi construída no século IV, por eremitas provenientes da Palestina. Em 576, foi assumida por São Bento e seus monges.

                            Nesse espaço os frades construíram pequenas celas, trançadas de ramo e barro, para onde podiam retirar-se e dormir um pouco, e também se entregar, no silêncio, à oração e à penitência. Foi numa noite, na Porciúncula, que Francisco, mergulhado em oração não sentia paz em seus pensamentos porque tantos pecadores se perdiam miseravelmente.
                        
   Apareceram-lhe Jesus e Maria, rodeados de anjos; disseram-lhe que pedisse a graça que mais desejava. O santo olhou para Nossa Senhora e lhe pediu que intercedesse junto a seu filho, para que, arrependidos, visitassem a Porciúncula. Disse-lhe Jesus: “A graça que pedes é grande, mas merecestes ainda maiores. Por isso concedo-te o que pedes. Vai agora ao meu Vigário e pede-lhe para ratificar na terra a minha vontade”.

                            Francisco não perdeu tempo e com Frei Masseo, foi logo a Perugia, onde naquele momento se encontrava o Papa Honório III, e conseguiu dele a aprovação dessa indulgência apartir de 02 de agosto de 1216. A igrejinha de Santa Maria dos Anjos é o lugar mais sagrado da Ordem Franciscana, pois ali morreu São Francisco de Assis.
                            O perdão de Assis é a festa da reconciliação do homem consigo e com Deus. Celebrar o perdão de Assis é resgatar as raízes do franciscanismo para promover, hoje, a Paz e o Bem.