Hoje olhando para as ações dos franciscanos das três ordens, talvez pensemos que Francisco foi o fundador do greenpeace ou algo semelhante, esta concepção errada, começou há muito tempo; muito tem se falado sobre Francisco e a ecologia, Francisco e os animais, Francisco e o meio ambiente, por que isto? Porque é mais fácil falar de qualquer coisa do que falar sobre a maior parte das ações de Francisco, daquilo que era sua missão básica, aquilo em que deixamos de lado sistematicamente nestes quase 800 de carisma franciscano, Francisco não era esse alienado que nos apresentam a todo instante, ele foi um homem com uma fé verdadeira, um homem de coragem, que foi ao encontro do outro, daqueles que estavam relegados a viver uma vida de já mortos, os leprosos foram durante muito tempo seus companheiros, assim como os foram de Clara, ao contrário do que veio sendo imposto pela hagiografia, esse Francisco cercado de animais, é puramente um santo que é menos desagradável do que um ao lado de mendigos e leprosos. Francisco defende diretamente a natureza em poucas situações, quando fala que no natal os animais devem receber ração dobradas, que em toda terra cultivada deve se deixar um espaço para as ervas daninhas e talvez no caso do lobo de Gúbio, que afinal pode até não ter sido um animal de verdade, pois lobos em nenhuma parte do planeta atacam humanos para comer, ficamos assim restritos a pouquíssimas páginas, Francisco olhava a natureza como criação de Deus, seja ela animal, vegetal ou mineral, é daí por ai que devemos seguir como franciscanos, respeitando a natureza como nossa irmã, lembrando sempre que os seres humanos, estão incluídos neste rol, se formos fieis ao principio de conservação do planeta, porém se nesta fidelidade deixarmos de olhar o irmão, que dorme em calçadas e em pontos de ônibus, então não estamos sendo fieis a nada ou melhor, somos fieis apenas a nossos interesses, outro dia vi uma frase que me fez pensar:
“todos querem deixar um planeta melhor para os seus filhos, por que não sermos filhos melhores para o planeta?”
abraços fraternos,
joão lellis
Nenhum comentário:
Postar um comentário